Durou pouco mais de 3h o depoimento do presidente do Corinthians, Augusto Melo, no Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania e da terceira delegacia, especializada em lavagem de dinheiro, que tem em andamento um inquérito para investigar o contrato do clube com sua ex-patrocinadora máster, a casa de apostas VaideBet.
A investigação teve início a partir das suspeitas levantadas a partir do pagamento da comissão de R$ 25,2 milhões para Alex Fernando André, o Alex Cassundé, que teria sido o intermediário do acordo, encerrado em junho do ano passado.
Ouvido na condição de investigado, Melo foi uma das últimas pessoas convocadas pela polícia, que deve encerrar o inquérito até a primeira semana de maio, quando serão anunciados os nomes das pessoas que serão indiciadas.
Na saída do local, ele tentou transmitir tranquilidade sobre seu depoimento. Disse que teve uma conversa "muito cordial" e que sua "verdade é uma só".
Questionado sobre a participação de Cassundé na negociaçãos com a VaideBet, o cartola foi interrompido por seu advogado. O defensor argumentou que orientou seu cliente a manter sigilo sobre partes técnicas do inquérito.
O mandatário, porém, voltou a afirmar que seu contato com o intermediário "só foi lá no começo e depois o jurídico [do clube] cuidou de tudo". Segundo ele, "tudo está documentado".
Antes de seu cliente encerrar a breve entrevista, o advogado de Augusto Melo comentou sobre o fato de o presidente do Corinthians só atender aos questionamentos das autoridades na reta final do inquérito em vez de ser chamado para contribuir desde o início da investigação.
"Quem define o ritmo, o prosseguimento, é a polícia. Não temos como atropelar os ritos", argumentou Cury,
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