Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Empresas de Telecomunicações se reuniram, nesta quarta-feira (28), para realizar a oitiva do diretor de Relações Institucionais da Vivo, Tiago Machado. O objetivo foi ouvir quais medidas estão sendo adotadas pela companhia para a prevenção e solução de problemas ligados ao serviço oferecido aos clientes.
A CPI em questão tem a finalidade de investigar os serviços prestados por empresas de telecomunicações no estado de São Paulo, em especial a oferta de telefonia fixa e móvel, de internet banda larga e televisão por assinatura.
O deputado Luiz Claudio Marcolino (PT) perguntou sobre as fraudes realizadas através de linhas telefônicas vinculadas à empresa. Tiago Machado explicou que um método de autenticação de números telefônicos está sendo testado por operadoras brasileiras. De acordo com o diretor, através da sinalização desses números os usuários poderão distinguir as ligações de bancos e outras empresas das chamadas realizadas por golpistas.
"Também existe uma cooperação no âmbito do Ministério da Justiça, dentro de iniciativas como o aplicativo Celular Seguro, que permite em casos de furto ou perda do telefone celular que algum contato de emergência previamente cadastrado possa fazer o bloqueio do aparelho", completou.
A deputada Carla Morando (PSDB), presidente da CPI, abordou casos de clonagem de linhas telefônicas. O diretor da Vivo explicou que as fraudes se dão através da solicitação de portabilidade realizada de forma irregular e que, há um ano, a empresa adotou um protocolo de autenticação do processo, o que garante que a solicitação seja realizada pelo usuário da linha e não por um fraudador.
A parlamentar ainda questionou sobre o serviço de retirada de cabeamento após o rompimento do cliente com a empresa. O diretor explicou que existe um processo contínuo de limpeza, otimização e manutenção dessa rede, para que sejam removidos cabos sem uso ou para que seja realizada a substituição de aparelhos obsoletos.
Controle e legislação
A deputada Carla Morando destacou a importância da Comissão para a avaliação dos serviços prestados pelas empresas de telecomunicações no estado. "Dentro dessa CPI conseguimos entender até onde podemos melhorar a prestação de serviços, em questão de área de abrangência, qualidade e transparência. Vamos colher esses dados para que façamos uma legislação estadual que consiga melhorar esses serviços", afirmou.
Ainda durante a reunião, foram aprovados cinco itens da pauta. Entre eles, convites para oitivas do presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Eduardo de Vasconcellos Correia Annunciato, do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo, Gilberto Rodrigues Dourado, e do delegado de Polícia Titular da 1ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, João Batista Pires Blasi.
Fonte(s): Jcnet
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