A Defesa Civil do Estado de São Paulo notificou as concessionárias de energia elétrica em operação no Estado, inclusive a CPFL, que opera em Bauru, sobre o risco meteorológico previsto para este final de semana. O órgão também convocou as empresas para uma reunião, nesta quinta-feira (17), para discutir medidas preparatórias para os eventos climáticos.
Em ofício, o secretário chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil, coronel Henguel Ricardo Pereira, solicitou que as empresas apresentem um plano de contingência e uma série de ações de mitigação de possíveis danos e interrupções no fornecimento de energia, além de reforçar as equipes de atendimento à população.
A Defesa Civil pede também melhoria da comunicação com o Governo de São Paulo. "Solicitamos ainda que, durante a vigência do Aviso de Risco, seja estabelecido um canal de comunicação direto entre a concessionária e o Gabinete de Crise da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, a fim de fornecer informações detalhadas sobre as pessoas afetadas pela interrupção de energia elétrica", informa o ofício.
A reunião com todas as concessionárias de energia em operação no Estado está marcada para as 10h desta quinta-feira (17) no Palácio dos Bandeirantes. O objetivo é apresentar uma análise detalhada do cenário e discutir ações para o enfrentamento do evento climático.
A medida não deixa de ser um alerta já antecipado às concessionárias em meio à crise em São Paulo com a Enel.
No começo de outubro, como mostrou o JC, o Ministério Público (MP) de Bauru ajuizou na segunda-feira (7) uma ação civil pública em que acusa a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) de negligência e omissão na manutenção da rede transmissora de energia e pede ainda a condenação da concessionária ao pagamento de R$ 5 milhões por danos coletivos. Procurada, a CPFL afirmou que não foi notificada e não comenta ações em curso.
A peça tem 40 páginas e é assinada pelo promotor Libório Alves do Nascimento. A denúncia é resultado de um inquérito instaurado no ano passado a partir de denúncias especialmente de produtores rurais, que chegaram a permanecer sete dias sem energia em razão de problemas na rede da companhia.
O MP diz também que as interrupções no fornecimento de energia não podem ser atribuídos de maneira isolada, como tentou emplacar a CPFL durante as investigações, a fenômenos naturais - como chuva e vento. E pede o pagamento de lucro cessante a eventuais prejudicados com a interrupção de energia que se habilitarem nos autos.
Fonte(s): Jcnet
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