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Defesa de Franceschetti Filho entra com novo pedido de HC no TJ

Franceschetti Filho está preso desde 15 de agosto e, no último dia 17, ele se tornou réu pela morte de Claudia Lobo
Defesa de Franceschetti Filho entra com novo pedido de HC no TJ

A defesa de Roberto Franceschetti Filho, ex-presidente da Apae Bauru e réu pela morte de Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, secretária-executiva da entidade, ingressou com novo pedido de habeas corpus (HC) no Tribunal de Justiça (TJ), desta vez questionando a prisão preventiva dele. Um pedido anterior, que contestava a prisão temporária de Franceschetti Filho, foi negado em setembro pelo órgão.

A defesa sustenta no novo pedido que o ex-presidente da Apae Bauru não oferece risco à ordem pública e econômica e tem residência fixa, e que não há indicativo de que ele possa fugir. Os advogados também argumentam que Dilomar Batista, réu por ocultação de cadáver e fraude processual, não teve sua prisão solicitada pela Polícia Civil quando o inquérito foi relatado à Justiça.

Franceschetti Filho está preso desde 15 de agosto. Inicialmente, ele foi levado para a Cadeia Pública de Pirajuí. Depois, foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru. Agora, pode ser encaminhado para outra unidade prisional, de acordo com a defesa dele. As razões dessa eventual transferência não foram informadas, e nem qual o provável destino.

O ex-presidente da Apae foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, por traição, e por tentar ocultar outro crime (possíveis desvios na entidade). Ele responde ainda por ocultação de cadáver e fraude processual, crimes pelos quais Dilomar também foi indiciado. No último dia 17, a Justiça de Bauru acatou a denúncia do Ministério Público (MP) e tornou os dois réus.

Claudia desapareceu no dia 6 de agosto. No carro conduzido por ela, onde o presidente da Apae também esteve, segundo câmeras de segurança, a polícia encontrou quantidade razoável de sangue, que a perícia comprovou ser dela. Exame pericial também revelou que estojo de pistola calibre 380 encontrado no veículo foi deflagrado da pistola apreendida na casa de Franceschetti Filho.

Já o resultado do exame de DNA dos fragmentos de ossos encontrados no local onde o corpo da secretária teria sido ocultado ainda não ficou pronto. A defesa do ex-presidente da Apae afirma que ele é inocente e, em nota recente, informou que todas as medidas legais estão sendo tomadas para que ele possa responder ao processo em liberdade e para que seja respeitado o direito ao contraditório e a ampla defesa.

Leia abaixo a nota assinada pelos advogados Leandro Pistelli, Vanessa Mangile e Lucas Martins:

"A defesa de Roberto Franceschetti Filho impetrou habeas corpus junto ao TJ-SP em razão da decretação de sua prisão preventiva. Dentre outros fundamentos apresentados para a revogação de sua prisão, há requerimento para a concessão da liberdade de Roberto fundamentado no princípio da isonomia, uma vez que nem a autoridade policial, nem mesmo o Ministério Público apresentaram qualquer requerimento para a prisão do corréu Dilomar. Assim, uma vez que para o corréu objetivamente está sendo respeitado o princípio constitucional da presunção de inocência, há que ser estendido tal entendimento ao nosso cliente".

 
Advogados Lucas Martins, Leandro Pistelli e Vanessa Mangile, que defendem Franceschetti Filho (crédito: Bruno Freitas)
Advogados Lucas Martins, Leandro Pistelli e Vanessa Mangile, que defendem Franceschetti Filho (crédito: Bruno Freitas) 

Fonte(s): Jcnet

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