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Em queda desde 2018, taxa de fecundidade cresce na região

A taxa de fecundidade é uma estimativa do IBGE sobre o número de filhos que uma mulher tem ao longo de sua vida
Em queda desde 2018, taxa de fecundidade cresce na região

A taxa de fecundidade na região de Bauru, em queda desde 2018, voltou a crescer a partir de 2022, período que coincide com a redução da letalidade da Covid-19 e o fim da pandemia, decretado em 2023. Em 2018, o índice era de 1,67 filho por mulher, que caiu a 1,54 em 2021 e saltou para 1,57 em 2022, índice repetido em 2023, quando foram contabilizados 12.284 nascidos vivos.

Os indicadores, que abrangem o período de 2000 a 2023, foram projetados a partir das informações de nascidos vivos provenientes do Sistema de Estatísticas do Registro Civil e das estimativas populacionais elaboradas pela Fundação Seade. Eles mostram uma tendência ligeiramente diferente da média do Estado, que continuou caindo entre 2021 e 2023, ainda que de forma tímida, apontando para a estabilização. No período, as taxas foram, respectivamente, de 1,55, 1,53 e 1,52 filho por mulher.

O estudo divulgado nesta semana destaca que, segundo pesquisas indicam, a queda da fecundidade registrada neste período mais recente sofreu influência da reação dos casais frente à insegurança provocada pela pandemia. O levantamento revela ainda que, entre as 16 regiões administrativas do Estado, a de Bauru, composta por 39 municípios das microrregiões de Bauru, Jaú e Lins, possuía a sexta maior taxa de fecundidade em 2023, junto com São José dos Campos e atrás apenas de Registro (1,84), Itapeva (1,77), Sorocaba (1,59), Marília (1,58) e Santos (1,58).

Oscilações

A série histórica mostra que o indicador em Bauru era de 1,94 filho por mulher em 2000, quando a média do Estado era mais elevada, de 2,08. De lá para cá, a queda da fecundidade na região foi de 19,1%, mas não de forma contínua, visto que houve registros de diminuição e de aumento ao longo do tempo.

Após uma redução importante na primeira década, chegando a 1,55 filho por mulher em 2009, essa tendência foi interrompida, com indicador atingindo nível de 1,70 em 2014 e 2015. Já em 2016, o índice diminuiu para 1,62 filho por mulher devido em meio à epidemia de zika, doença que traz risco de malformações congênitas, aborto espontâneo ou óbito fetal. No ano seguinte, a taxa de fecundidade regional foi a 1,65 filho por mulher e, a partir de 2018, voltou a diminuir, atingindo o menor patamar da série em 2021.

Os pesquisadores da Fundação Seade também avaliam que a alteração no comportamento reprodutivo das mulheres tem sido observada em relação à idade, visto que a fecundidade vem se concentrando cada vez mais entre as menos jovens. E análises estratificadas por regiões do Estado indicam que, embora a mudança tenha sido generalizada, há diferenciais quanto à intensidade.

Aumento da idade

Assim como em relação à taxa de fecundidade, estas variações estão, geralmente, associadas aos níveis socioeconômicos das residentes nestas áreas, tais como escolaridade, rendimento, entre outras características. Na região, os índices mais elevados de fecundidade deslocaram-se da faixa de 20 a 24 anos em 2000 para 25 a 29 anos em 2023, com retração da parcela mais jovem, de 15 a 19 anos, e aumento da que possui de 30 a 39 anos.

Assim, a idade média da fecundidade em Bauru aumentou de 25,7 anos para 28,2 anos, patamar ligeiramente inferior à média do Estado, de 28,6 anos, e o quarto menor entre as 16 regiões paulistas. O número é igual ao de Marília e inferior somente às médias de Itapeva (27,5 anos), Registro (27,7) e Barretos (27,9).

Fonte(s): Jcnet

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