Usuários cariocas das bicicletas compartilhadas Tembici, disponíveis sob aluguel em capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo, denunciam um suposto golpe em que adesivos com QR codes falsos são colados sobre os originais.
Segundo relatos, a alteração faz com que quem tenta pagar para destravar as bicicletas acabe ativando o aluguel de outra pessoa.
O suposto golpe, de acordo com usuários, acontece em estações Tembici na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro.
Procurada, a Tembici, responsável pelo serviço, afirmou que tem conhecimento de ações do tipo e que "diariamente faz a conservação das estações e verificação dos QR Codes para garantir o perfeito funcionamento de suas instalações". A empresa não informou se casos foram registrados em outras cidades.
A Tembici disse também que está instalando "QR Codes autodestrutivos" nas bicicletas, "que ao serem retirados se rasgam e perdem a validade".
A Polícia Civil afirmou que não investiga o suposto golpe porque não houve qualquer registro de ocorrência sobre a ação.
Leandro Alves, 28, tentou utilizar uma estação localizada na Tijuca no último final de semana, mas não conseguiu de primeira. Ao acessar o QR code para pagar o valor de R$ 6,90 que lhe daria direito a uma viagem de até 15 minutos, a bicicleta não ficou ficou disponível.
"Tentei acessar o QR code e achei que tinha alguma relação com a minha internet. Usei os dados móveis da minha namorada e nem assim destravou. Peguei uma outra bicicleta que estava ao lado e tinha o código funcionando. Mas tenho a impressão de que paguei pela bicicleta que não funcionou e caí no golpe sem perceber", disse.
O aluguel das bicicletas funciona através de um aplicativo para celular. A ferramenta disponibiliza um mapa online com os endereços das estações e a quantidade de bicicletas livres em cada uma delas. Através do aplicativo o usuário pode pagar R$ 6,90 para uma viagem única de 15 minutos -com mais R$ 0,50 a cada minuto extra- ou adquirir planos mais duradouros, com desconto.
Assim que o pagamento é concluído, a bicicleta destrava do suporte em que fica acoplada e fica disponível. Quando o tempo acaba, o usuário precisa devolver a bicicleta na estação mais próxima.
A outra opção de pagamento é acessar o QR code colado em cada uma das bicicletas. Usuários que afirmam ter caído na fraude dizem que os códigos falsos, colado sobre os originais, destravam bicicletas em outros pontos.
Contudo, como não houve registro de ocorrência e não há investigação, a Polícia Civil não confirma a dinâmica da fraude.
A empresa disse que orienta usuários a observar que a retirada e a devolução das bicicletas só são confirmadas após a luz verde ser acesa e um sinal sonoro ser emitido, garantindo assim o uso e travamento do equipamento.
A Tembici afirmou ainda que todas as bicicletas são monitoradas e que na maioria dos casos aquelas que são extraviadas são recuperadas, pois 100% da frota possui GPS.
Fonte(s): Jcnet
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