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Mãe de estudante agride e tenta fazer professora 'engolir' papel

Mãe de estudante agride e tenta fazer professora 'engolir' papel
Mãe de estudante agride e tenta fazer professora 'engolir' papel

Uma professora da Escola Estadual Torquato Minhoto, no bairro Bela Vista em Bauru, foi agredida em via pública pela mãe de um aluno que ficou revoltada após o filho receber uma advertência formal. A vítima registrou um Boletim de Ocorrência (BO) na última segunda-feira (14), data em ocorreram as agressões.

De acordo com o BO, a mãe de um dos alunos da escola se aproximou do veículo da vítima mostrando um papel, posteriormente identificado como sendo a advertência, e o amassou dizendo que faria a professora engoli-lo. 

A autora das agressões tentou enfiar o papel na boca da vítima, dando socos em seu rosto. Ainda segundo o BO, a autora estaria completamente enfurecida e teria dito que iria “rasgar o rosto” da vítima todinha.

As agressões só pararam quando o pai de outro aluno conseguiu conter a agressora. Além das lesões na vítima, o veículo também teve o painel danificado.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Subsede Bauru, emitiu uma nota de repúdio contra as agressões e pediu que a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, bem como a escola, assumissem um compromisso de acolher e cuidar da vítima (veja a nota na íntegra abaixo). No comunicado, o sindicato informou, ainda, que a professora teve um braço fraturado.

Nota de repúdio da Apeoesp

"Na última segunda-feira, dia 14 de Outubro, véspera do Dia dos Professores, mais uma professora foi agredida no exercício de sua profissão. Desta vez, o caso aconteceu na Escola Estadual Torquato Minhoto, em Bauru, e a agressora era mãe de um dos alunos da vítima. A agressão, ocorrida no estacionamento da escola, teve origem na discordância da mãe com relação à advertência dada ao seu filho pela professora, que teve diversas lesões no corpo e um braço fraturado e só não foi mais grave, pois um pai de outro aluno interviu. 

A APEOESP - Subsede Bauru repudia, veementemente, a agressão sofrida por essa professora e todos os casos de agressões nas escolas ou na saída das escolas, ainda mais quando envolve adultos que deveriam dar exemplo a seus filhos e ensiná-los a valorizar a educação.

A professora, como todos os demais profissionais da rede pública do estado de São Paulo, assume o compromisso de educar as crianças e adolescentes paulistas e realiza sua função com toda dedicação e enfrentando todas as adversidades impostas por um governo e uma sociedade que criminaliza cada vez mais as professoras e professores.

Deve ser um compromisso da Escola Estadual Torquato Minhoto e da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, acolher e cuidar dessa professora e de todos os profissionais da escola para reverter esse trauma e oferecer um ambiente seguro e adequado para o ensino e aprendizado.

Neste momento, é fundamental que a gestão estadual fortaleça a rede protetiva com a presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas, de acordo com a Lei 13.935/2019, para auxiliar no atendimento das professoras, professores, estudantes e das famílias que confiam na escola pública a educação e futuro de suas filhas e filhos".

Fonte(s): Jcnet

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