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Maria Lucia

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Mulher com superobesidade recebe balão deglutível inédito no HC

Engolido sem necessidade de endoscopia e sedação, balão foi doado dentro de ações do mutirão de bariátrica
Mulher com superobesidade recebe balão deglutível inédito no HC
Reprodução

A dona de casa Edsonia Oliveira, de 58 anos, é a primeira paciente do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) a receber um balão gástrico deglutível para ajudar no controle da obesidade. Ela está há três anos na fila de espera do HC para cirurgia bariátrica.

No dia 23 de janeiro deste ano, ela foi internada na unidade de saúde para seguir um tratamento que proporcionasse perda de pelo menos 15% do peso e, dessa maneira, pudesse receber autorização para passar pela operação, também conhecida popularmente como redução do estômago.  

Foram 50 dias no hospital, onde ela participou de um programa interdisciplinar para eliminar os quilos necessários para passar pela bariátrica durante mutirão que começou na última segunda-feira (10) esegue até sexta-feira (14). 

Ao longo desse período, o acompanhamento de Edsonia incluiu suporte nutricional, psicológico e de atividade física. Há até uma academia dentro do hospital que ela frequentou. Apesar de toda assistência, a paciente não conseguiu perder peso de forma satisfatória para a cirurgia, o que levou a equipe do HC a buscar o balão gástrico.

O dispositivo, envolvido em uma cápsula vegetal, foi engolido pela paciente, na última terça-feira (11), sem necessidade de endoscopia ou sedação. Na manhã desta quinta-feira (13), ela retornou para casa, em São Lourenço da Mata, município da Região Metropolitana do Recife.

"Fui recebida por minha família completa. Todos ficaram muito felizes com a minha volta e por eu ter conseguido o balão, que será muito importante para me preparar para a bariátrica. A minha expectativa é que daqui a quatro meses eu tenha atingido a meta de perda de peso e faça a cirurgia", contou Edsonia ao JC

Com 130,6 kg e 1,48 metros, ela tem um índice de massa corporal (IMC) de 59,6. Essa é uma taxa dentro da classificação de superobesidade (IMC acima de 50). Para os pacientes que fazem parte desse grupo, os médicos recomendam uma perda de peso antes da bariátrica. 

O processo: balão deglutível, cirurgia bariátrica e correção da hérnia abdominal volumosa

No caso de Edsonia, há um fator que exige ainda mais o controle da obesidade. Ela tem uma hérnia abdominal que precisa ser corrigida cirurgicamente. Mas essa operação só poderá ser feita com a perda de peso após a bariátrica, a fim de evitar complicações. A paciente também tem hipertensão e um quadro de pré-diabetes. 

"É uma paciente que tem uma hérnia abdominal volumosa, além da superobesidade. Só que não dá para fazer as duas cirurgias (hérnia e bariátrica) ao mesmo tempo. Se tentarmos corrigir a hérnia com esse peso que ela está, o risco de complicações é muito grande. Mas também não dá para ela fazer a bariátrica sem eliminar peso", explica a médica Luciana Siqueira, vice-coordenadora do Programa de Residência de Cirurgia Bariátrica do HC e responsável pela colocação do balão na paciente.

"Como ela teve uma perda insatisfatória no programa hospitalar, a gente foi atrás da doação do balão, que foi colocado na terça-feira. Com a perda de peso esperada, a gente conseguirá fazer a bariátrica dela e depois corrige a hérnia."

 

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