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Questões de concurso no RJ são anuladas por conteúdo machista

A avaliação ocorreu no domingo (13) para vagas em diversos cargos públicos
Questões de concurso no RJ são anuladas por conteúdo machista

A Prefeitura de Macaé, no norte do Rio de Janeiro, anunciou nesta terça-feira (15) o cancelamento de duas questões de um concurso público após o conteúdo delas ser considerado machista e misógino. A avaliação ocorreu no domingo (13) para vagas em diversos cargos públicos.

Depois que as questões geraram críticas nas redes sociais, o município emitiu nota de repúdio e informou que a aprovação das perguntas foi de responsabilidade exclusiva da banca organizadora.

O exame foi elaborado pela FGV (Fundação Getulio Vargas). A instituição divulgou comunicado informando a anulação das perguntas 1 e 4 da prova objetiva de língua portuguesa para o cargo de professor.

 

A FGV justificou a decisão dizendo que as questões não estavam ''alinhadas aos princípios da fundação'' e explicou que "a respectiva pontuação será atribuída a todos os candidatos".

Na primeira questão anulada, os candidatos foram solicitados a assinalar a frase que não apresentava uma crítica "ao fato de a mulher falar demais".

Entre as opções de resposta estavam as frases: "Há mulheres que quando mentem dizem a verdade", "A língua é a última coisa que morre em uma mulher", " Há mil invenções para fazer as mulheres falarem, e nem uma só para as fazer calar", ''A língua da mulher não cala nem depois de cortada'' e "Gosto de mulheres jovens: suas histórias são menores".

Em outra pergunta, também alvo de críticas, o candidato deveria escolher uma das seguintes respostas: "Ter crianças em casa é como ter um jogo de boliche instalado no seu cérebro", "Um filho é como uma pergunta que fazemos ao destino", "As mulheres são como robôs: têm no cérebro uma célula de menos e, no coração, uma célula a mais'', ''A mulher é como um defeito de natureza'' e "A traição é uma arte e deve ser cometida como um crime perfeito".

Nas redes sociais, a vereadora de Macaé Iza Vicente (Rede) escreveu que "em nenhum contexto essas falas são aceitáveis".

Em seu perfil, o deputado federal do Rio de Janeiro Reimont (PT) disse que encaminhou um ofício à FGV sobre a questão de cunho machista na prova para o cargo de professor.

Mais de 40 mil candidatos fizeram a avaliação para preencher 824 vagas para níveis médio e superior em diversas áreas no município. Os concorrentes fizeram a prova em Macaé, em Campos dos Goytacazes e na capital.

Fonte(s): Jcnet

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