Em meio a redução da maioria dos crimes, os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) têm registrado aumento ao longo de 2024 no estado de São Paulo -principalmente na capital paulista.
A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirma que tem atuado para resolver o problema.
Na cidade de São Paulo foram 37 mortes em oito meses, ante 28 no mesmo período de 2023. Na comparação mês a mês a capital teve a segunda alta seguida e com números semelhantes; três casos em julho e agosto de 2023, e cinco ocorrências em julho e agosto deste ano.
Apesar do crescimento mensal ser pequeno, ele tem sido constante ao longo do ano -em seis dos oito meses até agora o número registrado em 2024 foi maior do que o de 2023.
A situação da capital se reflete em todo estado. Entre janeiro a agosto, 120 pessoas tiveram a morte registrada em um boletim de ocorrência como latrocínio. No mesmo período de 2023, a Polícia Civil registrou 105 casos. Em agosto a quantidade de mortes se manteve, nove em cada período.
No dia 8 daquele mês um empresário foi morto durante uma tentativa de assalto no Brooklin, na zona sul da capital.
A vítima de 59 anos trafegava de moto pela avenida Professor Vicente Rao quando foi abordada por dois homens em uma moto. Os criminosos anunciaram o assalto e, depois de renderem o homem, atiraram e fugiram sem levar nenhum pertence, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública.
Na última quinta-feira, (26) após a apresentação no Palácio dos Bandeirantes de medidas de benefícios para policiais, a Folha de S.Paulo questionou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, sobre quais medidas poderiam ser tomadas pelo governo para evitar o crime.
Ele disse que é necessário "mais efetivo de policiamento". O estado deve receber 3.042 novos policiais militares em novembro.
"Os crimes que mais afligem a população de uma forma geral são os homicídios e latrocínios, porque estão lidando com bem maior, que é a vida", disse o secretário.
Segundo Derrite, o estado vai começar uma rodada de investimentos em tecnologia voltada para combater ações criminosas. "O índice de solução dos crimes de latrocínio é altíssimo na Polícia Civil de São Paulo, é o maior do Brasil, em termos de esclarecimentos. É claro, que o ideal é evitar que isso aconteça, mas é uma parte da nossa pronta resposta também, depois que ele acontece, identificar, qualificar e prender os criminosos", acrescentou o secretário.
Queda de homicídios, roubos e furtos
Na contramão dos latrocínios, o estado e a capital têm visto os números de outras modalidades criminais cair.
As ocorrências de furto no estado passaram de 382.971 em oito meses para 367.921. Recuo semelhante foi observado na capital. Foram 165.452 registros no ano passado contra 159.322 neste ano.
Os roubos, que atingiram a marca de 153 mil registros em 2023 caíram para 132 mil. Na cidade passaram de 89,8 mil para 78,2 mil.
O número de vítimas de homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar também recuou. No estado foram 1.696 assassinatos notificados neste ano ante 1.771 no período anterior. Na capital o recuo foi menor de 323 para 319 casos.
Os registros de estupro também caíram. Passaram de 9.563 no estado para 9.520. Na cidade de São Paulo a queda foi de 1.989 para 1.936.
Fonte(s): Jcnet
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