O final de semana em Bauru foi marcado por muita apreensão e expectativa para um desfecho sobre o caso de Claudia Regina Rocha Lobo, secretária-executiva da Apae, desaparecida há 13 dias, e que resultou na prisão de Roberto Franceschetti, presidente afastado da Apae e o principal suspeito pelo sumiço.
Nas redes sociais e aplicativos de mensagens, os moradores da cidade se mobilizaram neste sábado (17) e domingo (18) e a todo momento comentavam o andamento das investigações, à espera da solução do caso, que gera comoção na cidade.
O trabalho para encontrá-la será retomado nesta segunda-feira (19). A Polícia Civil, por meio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru, informou sobre buscas pelo corpo em uma área de eucaliptos situada na Bauru-Iacanga. Uma grande empresa que arrendou a fazenda auxilia na iniciativa.
Trata-se de uma região da cidade relativamente próxima de onde foram feitas diligências, entre quinta (15) e sexta (16), e que contempla o terreno de descarte de material inservível da entidade filantrópica.
Conforme o JCNET divulgou, o caso já é tratado como possível homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A área foi delimitada pelo rastreamento do celular de Roberto Franceschetti, cuja prisão foi mantida em audiência de custódia realizada na sexta (16).
Nas investigações, o delegado titular da 1.ª Delegacia de Investigações Gerais (1.ª DIG) da Deic de Bauru, Cledson Luiz do Nascimento, triangulou o sinal do celular do presidente, por meio de uma torre de telefonia, no dia em que Claudia despareceu (6 de agosto).
Com base no trabalho da Polícia Civil, a Justiça também autorizou buscas em um sítio de Roberto localizado em Arealva, assim como na residência dele em Bauru e ainda nos gabinetes da própria Apae.
RELEMBRE O CASO
Claudia Lobo desapareceu na tarde do último dia 6, quando deixou a unidade da Apae onde trabalha, na rua Rodrigo Romeiro, no Centro, com uniforme, segurando um envelope na mão.
Na ocasião, ela embarcou em uma Spin branca da entidade, sem levar bolsa e celular. Também não avisou ninguém para onde iria. A entrada da secretária-executiva no veículo foi flagrada por câmeras de segurança.
O desaparecimento foi registrado na Polícia Civil na noite do mesmo dia. Já a Spin foi localizada na manhã seguinte, destrancada, com a chave no quebra-sol, na Vila Dutra.
O veículo passou por perícia e, durante os trabalhos, segundo a Deic, foram encontrados sangue e o estojo de uma arma, compatível com a pistola calibre 380 apreendida de Roberto.
A Deic chegou até ele também com base em câmeras de segurança e contradições no depoimento. Via sinal do celular, apurou ainda que o investigado estava nas proximidades do local onde o carro ocupado pela vítima foi deixado, no horário em que câmeras de segurança registraram o abandono da Spin. Portanto, para Justiça, há indícios de autoria de Roberto Franceschetti no desparecimento.
Na última sexta-feira (16), a reportagem entrou em contato com a defesa do presidente afastado da Apae, que deverá se manifestar após ter acesso ao inquérito policial. O caso segue sob sigilo.
Fonte(s): Jcnet
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